18/01/2010

Pequenos medos: competir




De coisas tantas já não mais me assusto, porém de algumas, ainda que nos 50 , o por quê ainda me pergunto.
Como exemplo a cor vermelha do olhar competitivo.
Gosto mais do olhar lilás da admiração.
Há nele um quê de vermelho de desejo, há nele um quê de azul de gratidão. Se não tenho em mim o que desejo, me basta ser grato por ver que há quem tenha o que não tenho, e calo a inveja sabedo que certamente algo tenho que também o outro não tem. E assim sendo nos igualamos, não em frustrações do que não temos, mas em admirações mútuas do caleidoscópio da diversidade humana.
E nisto assustado ainda menino me pergunto : Por que competir e destruir se nos fora dado a chance de nos vermos e nos admirarmos....
Assusta-me saber que somos arrogantes demais para amar, admirar um outro humano... talvez por isto criamos Deuses, e a eles devotamos nossa hipócrita admiração.

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